Restaurantes

Cervejaria Trindade reabre com carta assinada por Alexandre Silva

A reformulação foi completa e até o molho do célebre bife foi mudado, mas Alexandre Silva garantiu ao Mesa Marcada que a nova carta que agora assina se mantém fiel ao espírito da conhecidíssima Cervejaria Trindade, em Lisboa, com pratos e petiscos de cozinha “fácil e de conforto”. A casa esteve cerca de um ano encerrada para obras – reabriu ontem oficialmente -, tendo a arquitecta Ana Costa como responsável pela renovação, e houve também mudanças na equipa de cozinha, que continuará a ser chefiada por Domingos Rodas, mas que agora é totalmente integrada por novos elementos. 

O convite a Alexandre Silva, que detém uma estrela Michelin no Loco, em Lisboa, já vem de 2016, mas atrasos vários, incluindo os provocados pela pandemia e os derivados dos cuidados a ter, mesmo no aspecto arqueológico, quando se iniciam obras em espaços como estes, fizeram com que só agora fosse possível renovar a cozinha da Trindade. “De facto, atrasou bastante, a ponto de desistir da primeira carta que tinha feito, que já não fazia sentido, e trabalhar numa segunda”, diz o chefe. No entanto, ele considera que foi um trabalho muito interessante, principalmente pela necessidade de conciliar as características típicas de uma cervejaria lisboeta com uma cozinha actual.

A nova carta tem “três eixos principais” – Entradas e Petiscos (mais destinada à zona de entrada da cervejaria), Mariscos e Pratos -, havendo novidades, mas mantendo-se as especialidades. Mesmo assim, segundo Alexandre Silva, tudo foi reformulado. “É claro que mariscos são mariscos, mas têm que ser bem tratados e vamos introduzir mais grelha, aproveitando a experiência do Fogo [um segundo restaurante do chefe em Lisboa, especializado em grelhados], por exemplo, e houve várias outras coisas que tiveram que ser renovadas. Porém, de certeza que quem for agora à Trindade vai encontrar aquilo que se espera de uma cervejaria”, conclui.

Um dos pratos de Alexandre Silva para a nova carta da Trindade

Nasceu em Lisboa em 1963. Licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e trabalhou em diversos jornais (Semanário, Diário Popular e Diário de Lisboa) e, depois, na área de comunicação empresarial. Em 1997, começou a colaborar com a revista “Fortuna” na área de gastronomia e vinhos. Em 1999, criou a página “Boa Vida” para o “Diário de Notícias”, que coordenou até Janeiro de 2009, com algumas interrupções. Entre 2007 e 2019, foi coordenador do Projecto Gastronomia da Associação de Turismo de Lisboa e, nesse âmbito, director do festival gastronómico Peixe em Lisboa, continuando a escrever artigos sobre gastronomia e restaurantes em várias publicações.

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