Notas

Renato Cunha volta a cozinhar ao ar livre com potes e não só

Começa só a 20 de Maio, mas quem quiser participar não deve perder tempo a inscrever-se na terceira edição do “#ircomsedeaopote” –  Fogo de Chão e Potes no Quintal, que, em 10 sábados, se irá prolongar até ao começo de Outubro. Isto porque, segundo o que chefe Renato Cunha, que promove a iniciativa juntamente com a sua mulher Anabela Rodrigues, declarou ao Mesa Marcada “já há mais de 100 pessoas inscritas e, a julgar pelo grande êxito do ano passado, é natural que venha a haver muita procura”. Tal como em edições anteriores, o “#ircomsedeaopote” 2023 decorre entre as 17h e as 22h, no quintal da Casa Ana Monteiro, a 200 metros do restaurante Ferrugem, de que Renato Cunha é chefe e proprietário, na aldeia da Portela (Famalicão). Este ano, o número de comensais por dia sobe dos 30 da edição de 2022 para 40, a um preço de 100 euros por pessoa, incluindo o vinho fornecido por 10 produtores, sobretudo em garrafas de grande formato, colheitas antigas e algumas novidades, que acompanharão os vários pratos que serão cozinhados principalmente em típicos potes de ferro fundido, mas também em grelhas e frigideiras em que o fogo ao ar livre é o denominador comum.

O chefe do Ferrugem, Renato Cunha, organiza a iniciativa desde 2020

Para Renato Cunha, que organizou a primeira edição em 2020 e fez um intervalo em 2021 devido à pandemia, no ano passado a iniciativa “ganhou escala”, atraindo muita gente, não só de Portugal, mas mesmo turistas brasileiros, alemães, franceses ou espanhóis, tendo mesmo sido eleita “Experiência Turística de 2022” nos Prémios de Inovação e Turismo do Minho. Para este ano, a expectativa é, portanto, muito elevada e terá inclusive chefes convidados como Miguel Castro e Silva, André Magalhães (Taberna da Rua das Flores, Lisboa) ou Nuno Castro (Fava Tonka, Leça da Palmeira). Mais do que destacar os pratos que vão ser preparados, o chefe do Ferrugem prefere acentuar o cuidado que há na origem dos produtos, muitos deles provenientes da horta biológica da Casa Ana Monteiro e de outros produtores locais. “A minha ideia é criar um cluster em torno do Ferrugem que inclui não só vegetais, mas também, por exemplo, animais como galinhas de raças autóctones para carne e ovos. E outros virão”, garante Renato Cunha, que já tem condições de oferecer alojamento no local, quer na Casa Ana Monteiro quer na recém-inaugurada Casa de Maganhe, que comporta até quatro pessoas.

Os produtos locais vão estar em destaque

Quanto ao que se vai comer, o chefe prefere deixar lugar à surpresa. “É certo que não vão faltar alguns pratos que tradicionalmente se cozinham nestes potes, mas no ano passado preparei, por exemplo, uns rojões de barriga de porco bísaro num pote e num outro uma açorda com lavagante, santola, navalhas e outros mariscos. Juntei os dois num prato, num “mar e terra” e ficou muito bom”, afirma Renato Cunha, que dá outro exemplo (cujo resultado se pode ver na fotografia de abertura): “Consegui 20 kg de lapas dos Açores que estavam magníficas e aí usei uma frigideira grande directamente no fogo. Foi inesperado, mas toda a gente adorou”.

Vamos então ver o que acontecerá este ano, tendo já confirmados os produtores de vinho que participarão. São eles: Anselmo Mendes, Kompassus, Palato do Côa, PicoWines, Quinta da Lapa, Quinta das Bágeiras, Quinta de Cottas, Quinta do Crasto, Secret Spot Wines e Adega Casa da Torre e Soalheiro. Quanto a datas (sempre sábados, relembre-se), além de 20 de Maio, o “#ircomsedeaopote” decorrerá a 3 e 17 de Junho, 1, 15 e 29 de Julho, a 12 de Agosto, a 9 e 23 de Setembro e a 7 de Outubro. Inscrições através do tel. 932 012 974 ou e-mail restaurante@ferrugem.pt.

Nasceu em Lisboa em 1963. Licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e trabalhou em diversos jornais (Semanário, Diário Popular e Diário de Lisboa) e, depois, na área de comunicação empresarial. Em 1997, começou a colaborar com a revista “Fortuna” na área de gastronomia e vinhos. Em 1999, criou a página “Boa Vida” para o “Diário de Notícias”, que coordenou até Janeiro de 2009, com algumas interrupções. Entre 2007 e 2019, foi coordenador do Projecto Gastronomia da Associação de Turismo de Lisboa e, nesse âmbito, director do festival gastronómico Peixe em Lisboa, continuando a escrever artigos sobre gastronomia e restaurantes em várias publicações.

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