José Avillez estudou Marketing antes de se dedicar integralmente à cozinha e por isso é natural que queira reagir à “segunda vaga” – que, ao que parece, está a ser ainda mais pesada para o sector do que a primeira – com ideias como esta: a partir de 10 de Novembro, e ao longo de todo o mês, quem for almoçar ao Belcanto acompanhado paga apenas metade da conta. “O objectivo não é ganhar dinheiro, mas sim dar a possibilidade a mais gente de conhecer o nosso trabalho”, explicou José Avillez ao Mesa Marcada. “Não quero mudar a natureza da nossa cozinha, fazendo pratos e menus diferentes e mais baratos, prefiro que quem venha cá tenha exactamente a mesma experiência de quem paga na totalidade”.
O chefe do consagrado restaurante lisboeta, que detém duas estrelas Michelin, não esconde que foi a pandemia que o levou a tomar esta medida. “No ano passado, por esta altura, estávamos cheios e dávamos uns 40 almoços por dia. Agora, são cinco ou dez… Acho, portanto, que é uma maneira de dar a hipótese a mais gente de vir ao Belcanto e, ao mesmo tempo, facturar alguma coisa, manter a equipa ocupada, rodar os produtos, etc”. E parece que está a ter boa receptitividade, já que, segundo adianta, desde que divulgou esta iniciativa já teve 58 reservas.
Belcanto
Morada: Rua Serpa Pinto, 10A, Lisboa
Reservas; tel. 213 420 607 ou belcanto.pt
Aberto de terça-feira a sábado para almoço e jantar. Fechado ao domingo e segunda-feira
Mesa Marcada 
Unir restauração e hotelaria nessa hora difícil não poderia ser uma solidária e inventiva solução? Nos próximos finais de semana emergenciais( e, se calhar, também nas semanas seguintes), almoços e jantares com `mesa marcada`, alguns workshops, finas degustações, conversas com o Chef e música ou dança, cinema, teatro, autores a lançar livros de gastronomia, viagens, algo assim, em projetos bem orientados pelos Chefs, bem valia experimentar. Eu gostava. Criatividade, coragem e os meus melhores cumprimentos.
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Continuei a ler as publicações de vossa rica `Mesa Marcada`e gostei de conhecer os pacotes atractivos com estadia e refeição (e não só) praticados em Portugal, nesses duros tempos (Feitoria, Fortaleza do Guincho…). Muito bom saber, já agora, que o Governo prepara apoio específico para a restauração.
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