Notas

Portugal ausente da 2ª parte da lista do World 50 Best Restaurants

Acaba de ser revelada a lista de restaurantes classificados entre o 51º e o 100º lugar, do World 50 Best Restaurants, a uma semana e meia da divulgação do ranking principal daquela que é uma das premiações mais importantes do mundo da restauração.

O anúncio de dia 5 de Outubro, cuja cerimónia se realizará em Antuérpia, na Bélgica, está a ser muito aguardado no meio uma vez que a última revelação foi em 2019.

Neste aperitivo – a lista 51-100 – destaca-se, no que nos diz respeito a Portugal, a ausência de qualquer restaurante luso, o que não é propriamente um novidade – acontece desde que o Belcanto passou a fazer parte dos 50 primeiros. Resta saber se o restaurante de José Avillez consegue manter a proeza, como esperamos, ou se não faz parte mesmo da lista completa, o que é pouco provável.

A votação para este ranking mantém o mesmo perfil de votantes do passado (1000 pessoas do meio, jornalistas, etc) distribuídos por 23 regiões do mundo), porém, com as restrições a viagens devido à pandemia, as votações deverão reflectir um misto entre o que aconteceu no período anterior às restrições, em que ainda se podia viajar pelo mundo, e o momento seguinte, em que tal não era possível, o que faz com que haja maior peso nas regiões com mais votantes. No caso da Ibéria, mesmo que os votantes portugueses sejam proporcionais à população da península, serão menos em termos absolutos. Esta situação deverá não afectar por aí além o Belcanto, mas é é mais um impeditivo à entrada de novos restaurantes portugueses na lista.

Em relação aos resultados destacamos as seguintes observações:

· A lista 51-100 inclui 13 novas entradas de 9 países, oferecendo um espectro global da Bélgica à Tailândia

· A lista 51-100 inclui restaurantes em 22 países em seis continentes.

· Com duas novas entradas em Tóquio – Sazenka e L’Effervescence – o Japão tem cinco restaurantes entre 51-100, o maior número de qualquer país. Reino Unido, França e Espanha seguem com quatro restaurantes cada.

· Duas novas entradas para 2021, Kjolle e Mil no Peru, são restaurantes co-propriedade da vencedora do Prémio de Melhor Chef Feminina do Mundo, Pía Léon

· A entrada mais alta na lista 51-100 é Alchemist em Copenhagen, Dinamarca no No.58 enquanto o St. Hubertus em San Cassiano, Itália, subiu o maior número de lugares, 62 face a 2019, quando a lista foi estendida para 120 restaurantes

· O ranking inclui duas entradas da África do Sul: Fyn da Cidade do Cabo e La Colombe

. A lista 51-100 deste ano inclui mais estabelecimentos asiáticos do que nunca, com cinco países representados: Os restaurantes incluem Nihonryori RyuGin (Tóquio, Nº 51), Il Ristorante Luca Fantin (Tóquio, Nº 73) e Sazenka (Tóquio, Nº 75), La Cime (Osaka, Nº 76) e L’Effervescence (Tóquio, Nº 99) no Japão; Mingles (No. 62) em Seul, Coreia do Sul; Sorn (No. 63), Le Du (No. 72) e Gaa (No.93) em Bangkok, Tailândia; Vea (No.71), Belon (No.88) e Amber (No. 100) em Hong Kong e Indian Accent (No. 82) em Nova Delhi, Índia. Dois restaurantes do Japão – Luca Fantin e L’Effervescence – e dois novos restaurantes da Tailândia – Sorn e Le Du – são as novas entradas para 2021.

.De destacar ainda outras novas entradas deste ano – para além das já mencionadas da Ásia: Alchemist, Copenhaga, No.58, Willem Hiele, Koksijde, Bélgica, No.77); Brat, No.78, e Ikoyi, ambos em Londres); El Chato, Bogotá, Colombia, No.80); Le Clarence, Paris, No.84); Mil, Cusco, No.90 e Kjolle, Lima, No.95, ambos no Peru e Fyn, Cidade do Cabo, África do Sul No.92.

Fica abaixo a lista completa, conforme foi fornecido pela organização:

Co-autor do Mesa Marcada. Escreve sobre gastronomia no Público, Revista de Vinhos (crítica gastronómica) e em títulos internacionais como Cook Inc (Itália), Eater.com (EUA) e Gula (Brasil). É autor do livro “Lisboa à Mesa - Guia onde Comer. Onde Comprar”, com edições em português, inglês e espanhol (na Planeta).

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